Enquanto andas perdido numa noite de tempestade, eu estou em casa. Sozinha, deitada na nossa cama e enrolada nos nossos lençóis, enquanto espero por ti. Mas eu não me importo. Porque no momento em que chegas e entras em casa, metes as chaves em cima da mesa, entras no quarto muito devagarinho para não me acordares,  tiras as roupas molhadas pela tempestade lá fora, deitas-te suavemente a meu lado na cama, agarras o meu corpo com essas tuas mãos suaves, aconchegaste a mim, e ao meu ouvido dizes, "eu amo-te", compensa todo o tempo que estiveste fora.

E eu que até ali fingia estar a dormir, viro-me para ti sorrio, dou-te um beijinho no nariz e digo muito baixinho  "eu também te amo".